Nos últimos dias estamos nos deparando sempre com as mesmas reportagens, em nosso meio de comunicação, que nada mais é do que as tragédias que as enchentes vêm causando em nosso Brasil, principalmente no Rio de Janeiro que já chega as 820 o numero de mortos e 469 desaparecidos¹.
Ao pararmos para pensar todos os anos é sempre a mesma coisa, enchentes e tragédias, mas todos os que passam a natureza vem cobrando mais e destruindo mais, levando assim mais pessoas com ela.
Não podemos culpar a natureza, pois ela só está em busca daquilo que foi inteiramente dela um dia e que o ser humano acabou invadindo.
Quando vi esta imagem na televisão, e outra imagem de desmoronamentos perceba que os lugares que a terra sede é onde possui casas, ou seja, é onde o homem invadiu.
A natureza até mudou a geografia de algumas localidades como diz essa reportagem: “A devastação na Região Serrana na semana passada foi tão violenta que provocou uma mudança na geografia de toda aquela área. Engenheiros do Exército usaram tecnologia avançada para redesenhar o curso de rios e avaliar o que aconteceu com os morros após os deslizamentos. O trabalho vai ajudar na identificação dos pontos críticos, para agilizar a solução dos problemas. Os novos contornos da cidade de Teresópolis foram filmados e fotografados durante um sobrevôo de helicóptero feito por especialistas do Instituto Militar de Engenharia (IME).
“Tiramos mais de 4 mil fotografias, do alto, filmamos. Rios mudaram de curso, ruas viraram tapas de lama, morros parecem que foram cortados com uma faca, e aquela fatia desabando por cima de tudo que tiver na frente. No nosso vôo nós não vimos coisas bonitas, vimos destruição. Parece que explodiu uma bomba”, atestou o major do IME Jacy Montenegro.
Nos vales mais profundos, o trabalho foi feito com a ajuda de aeromodelo, equipado com três câmeras e aparelhos de GPS. O veículo aéreo não tripulado tem três metros de envergadura e foi desenvolvido pelos alunos do IME. E as imagens captadas foram sobrepostas as que já existiam antes do temporal.
O novo mapeamento da Região Serrana será importante para as equipes que ainda trabalham no resgate das vítimas, para mostrar o melhor acesso à áreas ainda isoladas e, principalmente, para orientar a reconstrução das cidades e indicar os locais que podem ser ocupados.
“Não construiríamos casas onde surgiu um rio. Não construiríamos casas de novo onde o morro desabou. Essas áreas são áreas que a natureza escolheu para ser o curso alternativo da água. Nós não mandamos na natureza”, afirmou o major Montenegro.
Será que isto vai resolver? Será que vão parar de construir casas em lugares que não deveriam? Se alguém construir, qual será a providencia que o órgão do governo irá tomar?
Perguntas e mais perguntas que talvez nunca tenhamos uma explicação.
Todo o ano é a mesma coisa e nossos governantes só começam a agir depois das tragédias já terem acontecido, assim como o povo que fica chocado, isto se dá pelo fato que “... antes do impacto, prevalece um clima de passividade, negação do risco e sentimento de invulnerabilidade. Apesar de saberem que o desastre é possível, as pessoas parecem não acreditar nele. Talvez isso seja um exemplo de dissonância cognitiva: as pessoas precisam não crer no risco, ou fingir que não acreditam, para continuar vivendo suas vidas "em paz".”
Este não é somente um pensamento das pessoas, mas de nossos governantes que somente olham para este povo nesses momentos de tragédia.
A maioria das informações obtidas são as de que nada pode ser feito por causa da chuva, é necessário esperar a terra secar para trabalharem.
O que mais intriga é que durante o correr do ano no período em que denominamos período da seca não há um planejamento concreto para remanejar as pessoas e devolver para a natureza o que é dela por direito.
Para termos claro isto nas ultimas semana o Jornal da Record mostrou um pouco da vida de 30 mil pessoas que moram em palafitas precárias, local denominado como mangue, quem quiser ver a reportagem é só acessar o site da emissora. Nesse lugar a água que corre por debaixo das palafitas há um rio, mas completamente poluído, ratos, segundo moradores que são do tamanho de gatos; barracos feitos de compensados de madeiras que devem ser trocados de 06 em 06 meses.
Um local em que os governantes nada fazem, onde não existe condição de vida digna a essa população. Cadê nossos Governantes?
É pessoal devemos colaborar ajudar, pois Graças a Deus a população é unida, todos pagam seus impostos e a grande maioria é de gente honesta e quem deveria fazer alguma coisa não faz absolutamente nada para melhorar a condição de vida do povo brasileiro.
Saúde precária, onde não existe data prevista para passar num médico pelo SUS; a Educação é tão boa em nosso país que nossos deputados estão discutindo a redução da maioridade penal para 16 anos; em vez de se preocuparem em dar uma educação mais eficiente as crianças, adolescentes e jovens, melhor prender esses infratores para que eles saiam pior do que entraram – discutiremos isto em outra oportunidade.
Espero que um dia nossos governantes parem de usarem aquilo que os pertencem pelo menos por um ano e aprendam que com esse dinheiro eles podem e devem fazer muita coisa e que quando seja discutido sobre o aumento do salário mínimo seja levada em consideração a Constituição Federal de 1988 que prevê no inciso IV do artigo 5º, que o “salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajuste periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;”
E ai? Será que com o salário mínimo atual ou o que está sendo proposto um salário que poderá ficar entre R$535,00 a R$580,00, mas que o governo já pronunciou que o Maximo poderá ser de R$540,00, dá para termos tudo isto que prescreve a CF/88? Se o salário mínimo atingi-se todas as necessidades básica da população ninguém estaria morando numa localidade precária e correndo o risco de doenças e mortes como vem ocorrendo nos últimos dias.
Espero ter conseguido expressar alguma coisa e que vocês possam ter entendido.
Fabio Piga
http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/chuvas-no-rj/noticia/2011/01/numero-de-mortos-pelas-chuvas-na-regiao-serrana-passa-de-800.html
http://olharbeheca.blogspot.com/2011/01/enchentes-no-rio-de-janeiro.html
